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Mostrando postagens de 2019

Gostaria de agradecer mais uma vez

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Esse é o texto que compartilhei aos apoiadores da campanha.. Em resumo, após eu retornar da internação na Índia eu tinha duas metas além de me manter com saúde: sabedoria pela espiritualidade e me manter financeiramente. No dia que tive alta no hospital ayurvédico, um dos meus cachorros, o que mais se parecia comigo, teve uma crise convulsiva, descobrimos uma doença neurodegenerativa e ele veio a falecer meses depois. Essa questão somada a uma série de experiências que havia vivido ao longo da vida, principalmente quando sofri os surtos neurológicos, me fizeram buscar sabedoria pela espiritualidade. Então, estive numa imersão conhecendo as medicinas indígenas, que ajudam na desintoxicação, porém, diferente da Ayurveda, não promovem regeneração. E paralelo a essa busca pela espiritualidade, me mantive empenhada em arrumar um trabalho, o que foi difícil, pois sou uma profissional PcD (Pessoa com Deficiência), embora existam cotas, as empresas não cumprem a Legislação, e quando

Sobre: Ganesha e caminhos

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Hoje foi dia de exame de ressonância magnética, de trabalho e Ganesha! E eu pensando em caminhos... Não sou especialista em religiões, só passei amar mitologia recentemente, quando observei funcionalidade para meu contexto pessoal, social e enfim. Confesso que estou cada dia mais apaixonada por esses assuntos. Hoje eu só preciso escrever sobre caminhos, é uma forma de me concluir. Ganesha é representado por um elefante, e diz que é ele que abre caminho, removendo obstáculos. Como já falei exaustivamente dele aqui no blog, inclusive rifei uma arte de Ganesha, vou me eximir de contar a história da sua existência. Ganesha abre caminho, divinamente, como elefantes fazem nas florestas. Esse é um processo natural, que eu vejo com beleza. Imagina uma floresta, cheia de árvores, e famílias de elefantes, caminhando e abrindo caminhos? Fiquei imaginando em muitas formas de abrir caminhos e na minha caminhada. Muitas vezes, abri caminho com o fogo da impulsão, rápida, vora

Para que tanto sacrifício?

São mais de 7 bilhões de seres humanos, num planeta com mais de 510 milhões de quilômetros quadrados, separados entre 5 continentes, são essas infinitas possibilidades que se multiplicam por todas nossas ações e assim temos nossa vida, dentro de um sopro de espaço de tempo, grãozinho de areia, gotinha de chuva, nessa galáxia infinita. E diante disso tudo, eu me pergunto para que tanto sacrifício? Para que deixar o corpo, única casa de verdade, em exaustão?  Para que pousar a consciência na finitude das transformações? Para que acreditar que o amanhã é o estado no qual não existirá a mobilidade de giros e pacificações? Para que se encerrar na mentira? E enquanto não respondo aos questionamentos com a verdade no coração, carrego um peso que não é meu, e aceito essa trouxa de limitações impostas por uma sociedade doente. Seres que possuem um manto de ilusão entre si e a realidade, e que acreditam que esse véu é a verdade, muitas vezes porque acabaram por projetar e desenha

Mudam-se os tempos

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança; Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem, se algum houve, as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E enfim converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía. Luís Vaz de Camões Tem sido dias do coração se abrir e abrir; como na música da Sia, estou com uma pele "insensível", mas um coração elástico. Mudar é isso, a Lei de Hooke, é lidar com a deformação, deficiência, que sejam, eventos que podemos sofrer a partir da atuação de forças sobre nós: estresse, emoções negativas, acidente, e mantermos na postura de buscar o equilíbrio, o retorno da paz, das condições inici

Escolhas

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Esses dias, ouvi sábias palavras, que sintonizaram com muitos momentos passados e ainda presente, precisei parar e fazer tudo virar esse texto. A vida é feita de escolhas, toda escolha indica que houve dúvidas, toda escolha implica em perder algo, e sempre é preciso escolher. A vida é dinâmica, assim, não há ser humano capaz de viver estagnado, as escolhas ajudam-nos a movimentar. Claro, não podemos escolher tudo aquilo que queremos, muito menos suas consequências, e mais claro ainda é que o famoso livre-arbítrio existe até esbarrar em sua primeira vírgula. Eu mesma que tanto pensei e escolhi certos caminhos, e mal sabia, que o caminho seria tão longo, eu mesma que um belo dia escolhi viver eternamente e soube que havia leis maiores, como as leis da vida, e que terei que passar pela morte, como todos seres vivos. Podemos considerar que escolher é fácil, temos dois lados ou mais, e é só escolher. Podemos nos colocar no lugar do outro e achar que sabemos tudo sobre esse ser hum

Silêncio do eu ao social

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Há um silêncio aqui dentro, que já quis ser voz, matéria, ações, protestos, indenizações. O silêncio já ousou transpassar minhas fronteiras, alcançar solo seguro e repousar. Entre todas as tentativas de sossego, ele nunca descansou.  Sua vida me parece tão eterna quanto a certeza da existência do infinito. Por esse não ter fim, confunde-se com o relógio que desconhece o tempo, e só gira e gira, sem jamais reconhecer um tic e tac . Som algum entra aqui. Há dias em que uma tempestuosa agitação vem a superfície, numa tentativa nula de deixar de existir, mas o silêncio permanece, vive, cresce. E só. Nada permanece, apenas o silêncio que nem sempre está pacífico, está a buscar respostas, e quando não as encontra, retorna e se conforma aos moldes da indiferença sonora. Em silêncio por Brumadinho 🙏