Silêncio do eu ao social

Há um silêncio aqui dentro, que já quis ser voz, matéria, ações, protestos, indenizações. O silêncio já ousou transpassar minhas fronteiras, alcançar solo seguro e repousar. Entre todas as tentativas de sossego, ele nunca descansou. 

Sua vida me parece tão eterna quanto a certeza da existência do infinito. Por esse não ter fim, confunde-se com o relógio que desconhece o tempo, e só gira e gira, sem jamais reconhecer um tic e tac. Som algum entra aqui.

Há dias em que uma tempestuosa agitação vem a superfície, numa tentativa nula de deixar de existir, mas o silêncio permanece, vive, cresce. E só.

Nada permanece, apenas o silêncio que nem sempre está pacífico, está a buscar respostas, e quando não as encontra, retorna e se conforma aos moldes da indiferença sonora.
Em silêncio por Brumadinho 🙏






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